quinta-feira, 7 de abril de 2011

D E S A R M A M E N T O

Na composição das munições encontramos nitrocelulose, nitroglicerina, nitroguanidina, éter, enxofre, carvão vegetal, carvão mineral e salitre. A produção de armas consome energia limpa, água entre outros recursos naturais. Destruímos nosso planeta para atender a produção de massa destes “brinquedos de gente grande”? Antes fosse exclusivamente para adultos, crianças matam os amigos dentro de sala de aula.




Esta insdústria sim deveria ter as maiores tarifas, taxas e impostos.



A sociedade se arma para se proteger da própria sociedade? Algo está errado!



Indignado pelo tiroteiro em Realengo / RJ

quarta-feira, 30 de março de 2011

Como passei a "Hora do Planeta 2011"

Se for pensar com calma estar entre amigos é uma ótima oportunidade para economizar energia elétrica. Aproximadamente 15 famílias, cerca de 30 pessoas, ou seja, apenas um único ambiente consumindo energia enquanto outros 14 lares estavam às escuras.

Foi assim que passei na “Hora do Planeta 2011”. Ok, esta reunião tinha a comemoração de aniversário de um grande amigo como objetivo maior, mas de qualquer modo estávamos participando da ação da WWF.

É claro que comentei. Óbvio que apaguei as luzes (a verdade é apagaram por mim) e com isso o assunto, “sustentabilidade”, foi bate-papo entre todos. Acredito que conseguimos manter de 15 à 20 minutos as luzes apagadas. Grande conquista!

Toda forma de contribuir que traga aos poucos pequenos benefícios ao planeta é uma grande vitória. Quem sabe ano que vem eu e meus amigos não iremos nos encontrar outra vez e quem sabe nos preparar para outro churrasco à luz de velas. No mínimo inusitado!

Grande amigo Pereira - churrasqueiro oficial no escuro durante a Hora do Planeta 2011



Valeu galera e parabéns Beto.





P E R F E I T O

Conheçam o portal http://www.ecodesenvolvimento.org.br/ outra fonte incrível de conehcimento e ação positiva para nosso mundo ficar cada vez melhor. Vejam o que achei no portal:

"A cada ano, cerca de 671 milhões de quilos de plástico são produzidos ao redor do mundo. Em Quebec, no mesmo período, cerca de 400 milhões de contêineres não são reciclados. Entretanto, 91% dos cidadãos dizem se importar com o meio ambiente.

Para testar a disposição dos quebequenses e incentivar a reciclagem dos materiais, um grupo televisivo da cidade, o TVA, realizou um flash mob em um grande shopping.

A ação durou pouco menos de dois minutos e teve um final cheio de entusiasmo, um estado de espírito a ser perpetuado a cada vez que se leva um material reciclável ao seu destino correto. Assista."

* texto retirado do site



Há alguns meses tomei a iniciativa de tirar do chão ao menos um "lixo" que estivesse em meu caminho; sacola plástica, pedaço de papelão, copo descartável entre outros. Apenas um "item por dia". Quando vi este vídeo percebi que a mensagem da sustentabilidade está cada dia mais globalizada. O mundo está mudando, mude com ele!

Flávio

segunda-feira, 28 de março de 2011

Economia de água no banheiro

Hoje irei falar sobre uma ação prática para economizar água, mas antes quero falar de algo tão importante quanto ela. Assim como esta ação sustentável, milhares de outras boas idéias são facilmente encontradas na internet. Já comentei algumas vezes que a busca pela informação é o começo de qualquer mudança comportamental que traga bons resultados à humanidade. Precisamos nos informar e conhecer os motivos e os problemas, assim como as soluções para o nosso sistema. A problemática ambiental intensificou-se com a Revolução Industrial, no século XVII, na Inglaterra. A aglomeração da população, a domesticação dos animais e a necessidade de intervir nos recursos naturais, como rios e áreas de plantio, para atender à demanda foram fatores do aumento degradativo. Precisamos, portanto, ser pró-ativos e antecipar as mudanças necessárias pela conformidade do equilíbrio entre homem e natureza.
Vejam, então, uma solução simples com grande resultado econômico que encontrei na internet. Para podermos entender realmente o benefício desta ação vamos conhecer alguns dados que fazem parte do nosso dia a dia. Uma descarga tradicional gasta em média de 6 a 8 litros de água. A família brasileira geralmente é composta por 4 pessoas e cada uma delas usa de 3 a 5 vezes por dia o vaso sanitário. Considere agora 7 litros de água em cada descarga, na casa de uma família com 4 pessoas, sendo que cada uma dê a descarga 4 vezes ao dia, ok? Teremos um gasto de 112 descargas por semana, ou seja, 784 litros de água. Por mês, 448 descargas utilizando 3.136 litros de água, e por ano são 5.376 vezes que puxamos a cordinha ou apertamos o botão elevando o consumo do principal recurso natural à incrível marca de 37.632 litros de água. Já podemos pedir que, por favor, não utilizem o vaso sanitário como cesto de lixo e nunca dêem a descarga sem necessidade. Mas podemos fazer mais pelo nosso planeta.
Garrafas de plástico podem ser utilizadas no combate ao uso indiscriminado dos elementos naturais. Encha de água uma garrafa de 500 ml, coloque-a dentro do reservatório de modo que possa ficar fixa no fundo ou nas laterais do mesmo. Sugiro criatividade para esta etapa, pois, pela experiência que tive na minha casa, não é simples conseguir que a garrafa fique parada sem amarração, mas vocês conseguirão, tenho certeza. Brasileiros não desistem nunca! O processo é simples. A garrafa cheia de água tomará o espaço da água “limpa” que entra no reservatório. Deste modo, o vaso sanitário trabalhará com 500 ml a menos, quantidade que não prejudicará seu funcionamento.
Agora, vamos à praticidade dos números alcançados: 500 ml por cada pessoa são 2 litros por dia, ou seja 8 litros pela família, 56 litros por semana, 224 litros por mês e 2.688 por ano. É claro que vale apena adotar esta ação. Vamos lá gente, assumam a responsabilidade pelo nosso planeta. Nós podemos melhorá-lo muito, depende exclusivamente de nós.
Eu espero que esta dica possa incentivá-los a duas ações: a primeira em realmente adotar esta idéia e a segunda a incentivá-los a pesquisar outras idéias na internet. Vamos usar de forma inteligente os recursos e ferramentas que temos disponíveis.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle


ERRATA




Edivaldo

Todo equipamento desse tipo para ser dimensionado leva em consideração seu formato, para cada formato existe uma "CARGA HIDRÁDRAULICA".

Essa medida (utilizar uma garrafa plástica como forma de economizar água) altera tal propriedade, pode funcionar em alguns equipamentos e não em outros.

A carga hidráulica é responsável pelo devido escoamento dos dejetos não só da saída deles do vaso, mas, até a rede coletora. Pode ocorrer a parada desses na tubulação ainda na casa.

O mercado já produz equipamentos com dois acionadores, um para líquidos e outro para sólidos.

Penso até que para economia de todas as distribuidoras de água adotar um subsídio para troca de equipamentos antigos por outro mais eficiente.



Flávio

Quando pesquisei o assunto descobri que ainda temos reservatórios com 12 litros, mas a grande maioria está entre 6 e 8 L. É possível afirmar que esta intervenção sirva para os reservatórios mais antigos (12 litros) ou nem assim?



Edivaldo

É possível sim, pois, na época não se considerava o "desperdício de H2O".

A forma e aparência eram predominantes. Sua dica pode ser dada junto com a recomendação de observação do encanamento pelo usuário.

Isto já bastaria para constatar possíveis danos ou não. O usuário fará avaliação.

Abraço amigo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Entrevista ao Blog "Legislativo Verde"

Legislativo Verde: Como você vê a atuação do poder Legislativo de municípios nas ações favoráveis ao meio ambiente?

Flávio Paschoal: Entendo que algumas iniciativas acontecem sem visão macro, sem entendimento e conhecimento aprofundado sobre o assunto. Falta a participação de estudiosos na tomada de decisão quanto a leis restritivas. Estas iniciativas precisam ser estudadas conforme a realidade local. As leis precisam ser mais complexas e abrangentes.

LV: De quem deve partir a iniciativa da preservação ambiental?

FP: Acredito que não devemos apontar um único responsável pela iniciativa. Os políticos, em todas as suas esferas, são representantes do povo e ressalvo que a pressão pública pode transformar um país. Veja, se os parlamentares assumissem com mais vigor a questão ambiental ao mesmo tempo em que o povo adota medidas diárias de controle quanto ao consumo dos patrimônios naturais e a geração de lixo, nós alcançaríamos um objetivo comum. O fato é que se todos os seres humanos começassem a cuidar melhor do nosso planeta de hoje para amanhã, mesmo assim, precisaríamos de décadas para visualizar alguma melhoria significativa na qualidade e no equilíbrio entre homem e natureza. Precisamos de todos e não só de um responsável.

Falta a participação de estudiosos na tomada de decisão quanto a leis restritivas. Estas iniciativas precisam ser estudadas conforme a realidade local.

LV: O que você acha das ações municipais em relação ao meio ambiente?

FP: É preciso manter o poder restritivo, ou seja, o poder municipal assumir as aplicações de leis com caráter preventivo. Só o município possui compreensão exata da questão ambiental em suas terras. “O cidadão não mora na União, não mora no Estado, mora no município”, costumava dizer o ex-governador paulista Franco Montoro. Sou conivente a este pensamento.

LV: Qual a importância das pequenas ações em prol do meio ambiente?

FP: Quando falamos em pequenas ações longe dos olhos da comunidade é a mesma coisa que dizer que elas não existem. Se eu consigo economizar um litro de água por dia ao adaptar a descarga do vaso sanitário, no fim do mês eu colaboro com menos 31 litros. Agora, vamos imaginar que os 190 milhões de brasileiros façam o mesmo, cada um na sua casa, com suas ações individuais, consegue calcular e visualizar os resultados que atingiríamos? Especialistas afirmam que os “danos cotidianos” matam mais que os acidentes ambientais “juntos”. Fica fácil afirmar que cada gesto, por menor que seja, conta.

LV: Atuante nas discussões e assuntos ligados ao meio ambiente, como você analisa o papel da sociedade na preservação ambiental?

FP: Omissa, facilmente influenciada, pouco estimulada e certamente longe de ter o mínimo de conhecimento necessário para adotar mudanças significativas. A PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) foi aprovada no dia 23 de dezembro de 2010, após 21 anos de discussão no Congresso Nacional. Eu me questiono como uma classe pode exercer um papel de influência se nem ao menos sabe que existe esta política? Defendo a idéia de que educação ambiental é importante. Um povo ciente, crítico e informado poderá agir, se manifestar contra resoluções partidárias e exercer um papel decisivo na comunidade.

LV: O que você prevê para o futuro das discussões sobre meio ambiente? Elas devem se tornar cada vez mais discutidas ou se trata de uma preocupação momentânea?

FP: Sou otimista e afirmo que considerar momentânea não cabe mais neste discurso. Não existe a menor possibilidade de a questão do planeta sustentável escapar por entre os dedos. Vejo a cada ano novas conquistas e mais pessoas engajadas, de políticos a instituições. A legislação brasileira, que é uma das mais complexas do mundo, teve seu divisor de águas com a lei 6938/81, pouco mais de 30 anos. Estamos no começo de uma nova revolução, a revolução verde. Somos a geração que irá iniciar este processo. Iremos reverter a falta de compreensão e conhecimento do poder maléfico que o homem exerce ao meio quando desenfreado e egoísta ao ponto de pensar exclusivamente nele e no momento. Acredito que iremos melhorar nossas relações. Não é e não será fácil nem para mim e nem para as gerações futuras, mas iremos conseguir sim. Está mensagem positiva também precisa ser propagada. Não me lembro onde ouvi, mas gostei muito: “Precisamos derreter nossos velhos conceitos antes do derretimento das geleiras”. Este processo já começou.

segunda-feira, 21 de março de 2011

WWF e a “Hora do Planeta 2011”

Neste próximo sábado, dia 26, a WWF – www.wwf.org.br – propõe que todos apaguem as luzes e não utilizem aparelhos que possam consumir energia elétrica, seria perfeito!
Texto retirado do site: “Durante a Hora do Planeta, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.
Entre as 20h30 e 21h30 vamos curtir nosso planeta as cegas. Uma única pessoa não mudará o planeta, mas imagine se todos aderirem a esta iniciativa?
Ano passado eu participei deste movimento e acabei realizando um ensaio fotográfico do meu celular:


Participem!
Faça a sua parte, Flávio.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Jonh Zerzan - ecologista radical - indicado por Débora Monteiro

Para quem crê que só pode ensinar aqui está uma resposta que prova que aprendemos ao dividir nossos conhecimentos.
Outra excelente indicação que veio da Débora Monteiro, aluna do “Instituto Criar”.
Lembro que durante a palestra a Débora comentou sobre o trabalho e a filosofia de vida de Jonh Zerzan, um ecologista radical. Para ilustrar quem é o Jonh resumo dizendo que ele não acredita na sustentabilidade sistemática do processo industrial moderno que atingimos. Defende a postura da humanidade em se readaptar com o meio que vivemos e regressar a antigas condutas de equilíbrio. Consumo mínimo, com o real significado de “mínimo”. Viver na mata sem carro, plantar sua própria comida, não utilizar energia elétrica, “sem indústria”...de volta a era dos “homens da caverna”.
Ela me perguntou o que eu achava disso? Uma das perguntas mais difíceis para responder.
Acredito que o lucro gerado por diversas atividades industriais precisam ser extintos. Acredito que os conceitos e a forma de como consumimos precisam ser extintos também. E também acredito que a forma como nos relacionamos com o mundo precisa mudar radicalmente. Vejo uma falsa sensação de satisfação e prazer pelo consumismo desenfreado. O que nos dá prazer é uma picape enorme ou ter um bom carro e acima de tudo útil quanto as nossas necessidades? Precisamos trocar de automóvel todos os anos? Precisamos acompanhar a moda, e o que é realmente “moda”? Você vive preso a ela? Não acredito que a humanidade voltará a viver em harmonia sem abandonarmos tudo que alcançamos e descobrimos. Abandonar a tecnologia e os benefícios como a área da saúde nos proporciona, por exemplo, é bobagem. Mas acredito que precisamos rever nossos hábitos de consumir estes benefícios urgentemente. Acredito que se o processo de consumo, produção e extração dos “patrimônios naturais” continuarem a crescer desta forma não haverá equilíbrio mínimo para a sobrevivência do planeta e de quem morar nele. Não para nós! Talvez nem nossos filhos, mas os filhos de nossos filhos e gerações futuras irão sofrer muito mais que nós já sofremos.
Lembro que comentei nesta atividade no Instituto Criar que a poluição do ar causa problemas respiratórios e consecutivamente mortes, um número maior que a AIDS em todo mundo. Falamos sobre os “danos cotidianos”, que representa uma estatística de falecimento maior que todos os danos ambientais juntos (Nucleares, vazamento de petróleo entre outros).
A humanidade precisa mudar!
A Débora me passou algumas fontes de pesquisa sobre Jonh Zerzan, vejam, realmente é muito importante conhecer estas palavras e refletir.

Assista ao documentário “Surplus O terrorismo do consumo” em:

Livro, textos e filosofia de Jonh:

Obrigado Débora!
Flávio

segunda-feira, 14 de março de 2011

Instituto Criar / ong do Luciano Huck

Nesta última sexta-feira, dia 11 de Março, fiz um bate-papo com os alunos do Instituto Criar, www.institutocriar.org, a ONG do Luciano Huck. Foi incrível! Os alunos participaram, comentaram, questionaram e trocaram informações diversas sobre o tema “meio ambiente”.
Falamos de forma pontual um pouco de tudo. Política Nacional de Resíduos Sólidos, sustentabilidade, existe ou não, ser ecologicamente correto ou inteligente, cadeia produtiva entre outros.
O mais bacana de tudo é acabar uma atividade e ver os jovens interessados sobre o assunto. Alguns deles vieram falar comigo, cada um com um assunto diferente. Alguns para falar que gostaram muito, acho isso demais, outros como o Leandro para falar sobre sua atividade voltada à sustentabilidade. Ele tem um produto que ajuda a combater a poluição provocada pela queima de combustível. E ainda seu produto, que não conheço a fundo, mas quero conhecer, faz o carro gastar menos combustível. Parece ser o que precisamos. Uma tecnologia que economiza e polui menos. Vejam em http://econegocioffi.blogspot.com.
Outra resposta bacana veio do Allan, que fez este  desenho durante a palestra.
Estávamos falando sobre cadeia produtiva. Comentei sobre a incrível quantidade de 140 litros de água para apenas uma xícara de café*. Precisamos considerar a água gasta, ou utilizada, na plantação, transporte e no processo para chegar a estes valores.
Se alguém me perguntar se não acho legal ver alguém desenhando durante a aula, palestra, que estou ministrando eu logo digo que não! Acho perfeito! Mostra que ele entendeu perfeitamente a informação e duvido que ele se esqueça do seu próprio desenho. Valeu Allan!
A todos os alunos e profissionais do Instituto Criar, obrigado pelo apoio, ajuda e por abrir as portas para mim.
    Até uma próxima.
    Flávio Paschoal

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Utilizando a água da chuva

O que será preciso dizer, esclarecer ou informar para que possamos começar a coletar água da chuva para lavar a calçada, o quintal, o carro, regar as plantas e até mesmo utilizá-la dentro de casa?
As atividades citadas acima, que fazem parte do nosso cotidiano, consomem muita água potável. Alguém já reparou que existem pessoas da nossa comunidade que lavam o quintal com a “vassoura d’água” mesmo quando está chovendo? Não é um abuso gastar e consumir água potável para empurrar a sujeira em dia de chuva? Eu acredito que usar água para empurrar sujeira é abuso em qualquer dia!
Se deixássemos de lado a comodidade de abrir a torneira e gastar sem limites, poderíamos construir coletores de água da chuva em nossas casas com extrema facilidade e baixo custo. Esta água coletada pode ser muito bem empregada nas atividades cotidianas.
Um tambor, por exemplo, e um sistema caseiro para filtro podem ser empregados neste aparelho sustentável e prático. Teríamos a oportunidade de poupar gastos com a conta de água e quem sabe utilizar esta economia para levar a família a algum programa no fim de semana. Você é uma das pessoas que diz que sempre falta tempo e dinheiro para passear? Pois bem, a solução existe e está sobre nós, sendo desperdiçada a cada chuva. Agora cabe a você se mexer e usar a criatividade para proporcionar mudanças inteligentes em sua vida.
Um dito popular diz “sempre que aperta no bolso nós sentimos a necessidade”. Mas, como sentir o bolso reclamar se não damos importância para o quanto se gasta com estas atividades? Faça o teste (dependerá do uso atual, quantidade de pessoas que moram em sua casa, de plantas e carros e do tamanho do quintal e da sua calçada).
Neste próximo mês proíba as pessoas da sua casa de lavarem a calçada e o quintal, regue as plantas somente com a água da chuva (utilize baldes por enquanto) e não lave o carro. Veja a diferença na sua conta e multiplique pelos 12 meses do ano. Este valor total pode te surpreender e financiar boa parte da viagem das próximas férias.
Em minhas palestras sempre tento incentivar o uso inteligente das ferramentas tecnológicas que temos disponíveis. Sugiro a vocês, leitores, a busca por “coletor de água de chuva artesanal”, no Google. Os três primeiros resultados já dão uma bela ajuda sobre como economizar água através da construção de um coletor.
Espero que eu tenha incentivado pelo menos uns poucos. Mas, que estes poucos possam, em longo prazo, multiplicar este conhecimento. Espero que um dia estas sugestões virem realidade.
 Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
flavio.ambiental.paschoal@gmail.com

Revisão: João Colosalle

Os perigos do descarte inadequado

Um dos conflitos do século XXI é que a lâmpada fluorescente é mais econômica, gasta menos elementos naturais e está mais próxima da nossa necessidade sustentável, mas, por outro lado, é tóxica e química, considerada “lixo especial”, a maioria de origem residencial.
Quando utilizamos as lâmpadas fluorescentes favorecemos a preservação do ambiente, mas também aumentamos a possibilidade de queimá-la e descartá-la inadequadamente. Podemos considerar uma agressão ao meio ambiente o envio destas lâmpadas para lixões (aproximadamente 49,27% do lixo nacional tem como destino final os lixões), onde existe a contaminação tanto para cima quanto para baixo (do ar e dos lençóis freáticos) ou quando jogamos na rua, sem cuidado algum, permitindo que se quebrem no manuseio pelo coletor ou acidentalmente por alguma pessoa.
O mercúrio, substância presente naquele pó branco no interior das lâmpadas, pode atingir os lençóis freáticos contaminando nossos rios, matas e animais. Nos lixões ocorre a liberação do chorume durante o processo de decomposição. O chorume é um líquido espesso, de cor escura e de mau cheiro, que carrega diversos poluentes tóxicos presentes no lixo, entre eles, o mercúrio das lâmpadas fluorescentes descartadas de maneira errada.
É inevitável a contaminação dos lençóis freáticos próximos a lixões. Quando atinge rios e peixes ocorre um processo chamado “bioacumulação”. De forma resumida, é quando o tecido do peixe absorve o mercúrio, por exemplo, e potencializa seus efeitos. No ser humano, o mercúrio pode causar lesões cerebrais e neurológicas, dores de cabeça, colapsos, delírios, convulsões, dermatite, elevação da pressão arterial, entre outros.
Este efeito degenerativo na cadeia alimentar, na qual o homem ocupa o topo, tem maiores conseqüências, por exemplo, quando uma mulher grávida se alimenta destes peixes infectados. Seu filho em gestação estará mais sujeito e exposto aos problemas ocasionados pelo mercúrio.
Lembre-se, portanto, de sua responsabilidade social ao jogar fora as lâmpadas fluorescentes. Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), lâmpadas fluorescentes são classificadas como lixo da classe 1, perigosos, da subdivisão de infectantes e principalmente de origem domiciliar especial (em grande escala).
Fico revoltado ao ver jovens desorientados quebrando estas lâmpadas expostas nas ruas como se fossem lixo comum, apenas por uma falsa sensação de diversão, como aconteceu recentemente na cidade de São Paulo.
Os responsáveis pelo descarte inadequado possuem tanta culpa quanto aquele cidadão, jovem ou não, que expõe a vida de alguém aos males causados por estas substâncias. O domínio da tecnologia e das reações químicas deve ser usado para nosso benefício. Diversos produtos do dia a dia são compostos por elementos tóxicos, corrosivos, infectantes, radiativos, entre outros. Devemos, então, assumir nossa responsabilidade pelo descarte adequado destes produtos e devemos saber lidar cada vez melhor com os avanços tecnológicos se sucedem dia após dias.
Faça a sua parte, ser sustentável também é usar de forma consciente os benefícios da tecnologia.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
flavio.ambiental.paschoal@gmail.com

Revisão: João Colosalle

Adote sua calçada

Quando nossa mãe diz para levar o guarda chuva é bom pegá-lo mesmo. Vai chover! Não sei quanto a vocês, mas diversos ditados que minha mãe disse a vida toda começaram a fazer mais sentido depois de algumas centenas de vezes que tive que concordar que ela estava certa. Um deles me dizia para tomar conta do que era meu - “Macaco senta no rabo e fala do rabo do outro”. É nesta linha de pensamento que escrevo hoje.
Sempre falo da importância das atitudes individuais, as pequenas, aquelas que algumas pessoas “teimam” em dizer que não trazem benefícios. Pois bem, se continuarmos a olhar para as nossas coisas e as coisas que nós podemos fazer, mesmo sem ser em grande escala, é claro que, com a união de todos, faremos a diferença. Considerando nossa comunidade e espaços comuns a todos vamos falar sobre uma atitude sustentável bem transparente: cuidar das calçadas de nossa cidade.
Se cada casa, comércio ou empresa cuidasse rigorosamente do espaço da frente de sua propriedade certamente teríamos uma cidade mais limpa e com toda certeza o lixo produzido por nós, que está por aí, jogado em qualquer canto, teria uma destinação final mais adequada. Sugiro o seguinte.
Primeiro: coloque cestos de lixo (orgânico e não orgânico) na porta do estabelecimento ou casa (é possível, basta querer).
Segundo: coloque placas, faixas ou cartazes informando que você gosta do mundo limpo e peça para quem pensar em jogar seu lixo ali na sua porta que use o cesto ou que procure um dos cestos públicos para isso.
Terceiro: estenda a limpeza da sua casa ou estabelecimento à calçada (NÃO UTLIZE ÁGUA PARA LIMPAR, APENAS VARRA) e comunique seus clientes, amigos e parentes. Passe aos outros a mensagem de que você é uma pessoa sensata e que luta pela saúde do mundo.
E lembre-se: a sujeira que está na porta da sua casa dificilmente foi feita por você, mas não é por causa disso que você a empurrará para seu vizinho. Recolha com vassoura e pá e jogue em um lugar adequado.
Os países desenvolvidos defendem que, além da riqueza e do poder econômico, a cultura e a educação são fatores imprescindíveis para assumirem este status. Se continuarmos a nos comportar inadequadamente com o meio ambiente, seremos pra sempre um país atrasado e pouco desenvolvido.
Converse com quem visitou um país rico ou relembre como era por lá. É fato. Uma das primeiras observações é sobre a limpeza e beleza das ruas das cidades. Se quisermos ser considerados desenvolvidos também precisamos, antes de obter esta vitória, agir como tal. Faça você a sua parte e demonstre que está evoluído, que não parou no tempo e que não é daqueles que aceitam sujeira e lixo no lugar onde vive!
Quem acredita e faz a vida que te cerca ser como deseja são os primeiros a conseguirem a vitória.
Adote sua calçada!
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bate papo com um amigo - esporte e sustentabilidade

Conversei com amigo que anda de skate comigo no parque do Ibirapuera, vejam:

Flávio: Como você vê a questão ambiental nos campeonatos que participa?
Professor Alex: Durante todos estes anos que trabalho com esporte ( treinador), que eu saiba nunca vi nenhum programa de reciclagem ou conscientização sobre o lixo jogado no chão ( copos de água e saches de gel ), mas no final das provas a empresa que organiza recolhe todo o lixo do chão”.
Espero que todos os eventos esportivos de rua, daqui para frente possam ter um programa de reciclagem e respeito ao meio ambiente. 

 Flávio: Existe esta preocupação por parte dos organizadores, quais ações são tomadas por eles e até mesmo sobre a consciência dos atletas e público?
 Professor Alex: Como já havia falado as empresas que organizam os eventos somente recolhem o lixo do chão, sobre o destino do mesmo já não sei. Já os atletas muitos tem uma enorme consciência e não jogam no chão, porém muitos deles ainda jogam sem dó.

Flávio: Costuma gerar uma grande quantidade de lixo estes eventos (algo visível como sujeira nas ruas)?
 Professor Alex: Sim costuma gerar muito lixo, porém recolhidos imediatamente pelos organizadores.
  
 Flávio: E o mais importante: O que você acha da problemática ambiental no seu segmento, o que precisa ou pode ser feito para melhorar a situação do planeta?"
Professor Alex: A problemática não é somente no meu segmento e sim, na cultura e educação do nosso povo, infelizmente as pessoas jogam lixo como se fosse se livrar de um problema, então sem dó jogam mesmo.
Eu na minha equipe tenho o patrocínio da empresa de água fresca, meu contrato com eles é de recolher todas as minhas garrafas plásticas no fim do treino e levar para reciclagem, e eu faço isso com muito orgulho, e nota 10 para a preocupação da empresa com o meu lixo utilizado.
Para melhorar a situação no planeta a meu ver seria a educação e conscientização de um povo, como aprendemos desde que criança alguns hábitos de educação e comportamento, jogar o lixo no lixo e reutilizar seria mais uma regra básica de educação e bom senso, um dia quando isso fizer parte da educação de todos, ai sim teremos um meio ambiente saudável e feliz.

Não deixem de conhecer o trabalho do prof Alex. Esporte e meio ambiente sempre irão andar juntos!!!

http://www.longboardskates.blogspot.com/

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um comercial que merece ser divulgado

Observe, mensure e mude!

Precisamos adotar medidas eficientes para combater o descaso, o desperdício e a degradação ambiental se quisermos manter sua beleza natural. Hoje proponho uma comparação a uma estratégia que tradicionalmente obtém excelentes resultados.
No âmbito empresarial existe uma forma clara de se manter o interesse e empenho dos funcionários sobre as metas traçadas pela diretoria. Vivenciei algumas experiências que gostaria de apresentar como sugestões à causa da preservação ambiental.
Em quase todos os departamentos comerciais que conheci quando atuava em marketing, via um quadro de metas a ser empregado como ferramenta principal para motivação dos vendedores. “Estamos a 30% de nossa meta”, “Atingimos 80% da meta traçada”, “Conquistamos 10 mil novos clientes”, várias formas, entre tantas, de se dizer “continue vendendo”. A técnica aqui é o fato de que a exposição de resultados e a compreensão clara de sua responsabilidade, no caso, as vendas, trazem o comprometimento espontâneo dos funcionários.
Se você deseja que seus funcionários se esforcem para atingir qualquer resultado, antes de tudo você deve informá-los claramente sobre estes resultados e principalmente como eles estão evoluindo. Desta forma, quando chegar o fim do mês ninguém será surpreendido.
Mas a analogia com meio ambiente é o que nos interessa agora. Quanto de água você gasta por dia? Quanto lixo produz diariamente? No serviço, quantos copos de plástico você utiliza por semana? Quanto tempo você gasta no banho por mês? Quantas sacolas plásticas você descarta por semana? Quantas pilhas e baterias você jogou no lixo comum no ano que passou?
Como podemos falar em reduzir os impactos ambientais que causamos ao mundo se não temos ciência exata de quanto “lixo”, “desperdício” ou “agressões diretas” nós causamos diariamente?
Se colocássemos um quadro como o que citei acima em nosso trabalho alertando sobre nossos esforços para reduzir os custos ambientais, teríamos um controle maior sobre nossas atitudes. Exemplo: “mês passado a média de consumo de copo plástico foi de 7 unidades/pessoa/dia – Vamos reduzir para 3 unidades. Contamos com você”. Este ou qualquer outro exemplo que se enquadre no seu ambiente de trabalho, tenho certeza de que os números assustariam a todos. Faça o teste e pergunte para seus colegas de trabalho quantos “copos de plástico”, por exemplo, sua empresa consome.  
Este exemplo de mensurar e publicar os resultados diários serve para nossas casas também. Comece a informar seus filhos sobre o tempo total no banho. “Este mês, nossa família com 4 pessoas ficou 2 mil e 400 horas com o chuveiro ligado. Achou muito? Faça as contas. Calculei 20 minutos por pessoa, mas sabemos que para muitos de nós, 40 minutos no chuveiro é pouco.
Os números quando apresentados impressionam. Transforme esta comunicação em ferramenta contra os impactos ambientais e faça a diferença. Lute com todas as armas para salvarmos o planeta.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

Surpresas de um cotidiano insustentável.

A época de Natal e fim de ano ainda não chegou ao ponto de fazer as pessoas esquecerem o consumismo excessivo e toda sua estratégia vinculada a ele. No entanto, antes de tudo, quero deixar claro que adoro ganhar e entregar presentes. Acredito que o presente representa o carinho, a lembrança e a admiração por alguém. É bom agradar a quem se ama, claro que é! Mas vejam que sentimento de amor ao mundo que presenciei durante a semana natalina.
Desço do prédio onde moro e paro na portaria para cumprimentar os porteiros, o zelador e o síndico. Papo vai, papo vem, desejos de boas festas, e no fim da conversa uma descoberta. O síndico é gestor ambiental.  Que surpresa. Primeiro porque já tive alguns problemas em insistir para que o condomínio adotasse coleta seletiva, e, segundo por ter descoberto que o síndico é da área ambiental depois que comentei que os copos plásticos, de uso exclusivo dos porteiros, poderiam ser substituídos por canecas individuais.
Meu dia continua. Vou ao supermercado para as últimas compras de natal, aquelas que sempre faltam. Ao entrar no estacionamento a menina da portaria me entrega um cartão e um folheto. Como sei exatamente o que quero e tenho pressa nas compras, rejeito o folheto. E não é que ela faz cara de “monstro da tasmânia” com fome para mim? E o espírito de natal? É dada a ordem que todos entrem com estes folhetos para impulsionar as compras por estímulo. Eu entendo isso, mas eles deveriam entender que é minha opção rejeitar e assim contribuir com a economia dos elementos naturais.
E o dia segue. Na entrada de um bar/restaurante para encontrar uns amigos escuto de um jovem a seguinte frase: “Mas é só mais um. Tem tanto cigarro no chão que este não fará diferença. E Feliz Natal para vocês”.  Por pouco não parei para explicar a ela que mais um cigarro no chão faz sim toda a diferença e que para ter um bom natal e um bom mundo preciso da compreensão dela.
No início da noite chego ao meu bairro e antes de entrar em casa passo na farmácia. Já vinha com está dúvida há dias e resolvi perguntar. Quis saber se eles tinham alguma campanha para receber medicamentos vencidos para dar o destino final correto a eles. A surpresa? “Nós jogamos no vaso e damos descarga!”. Mas foi dito com ar natalino, sabem? Sorriso nos lábios, olhos brilhantes e juro que a mocinha ficou esperando eu responder: “Bom Natal para você também”. Claro que fiquei indignado e disse que aquilo é crime ambiental passivo de sanções civis ou implicações jurídicas. Exatamente como prevê nossa lei.
Durante o ano de 2011, voltarei com outro texto dizendo qual foi a resposta do departamento de marketing, atendimento ao consumidor, ou de gestão ambiental desta rede farmacêutica. É claro que vou tirar isso a limpo.
Saúde, qualidade de vida e meio ambiente são vertentes que andam juntas para obtermos êxito como sociedade. Percebam os detalhes, eles fazem toda a diferença.
Desejo a todos um excelente ano e que possamos sonhar novos sonhos!
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle

domingo, 16 de janeiro de 2011

Não entre pelo canudo!

Semanas atrás falamos sobre a responsabilidade pelo lixo que produzimos na rua e como precisamos nos atentar sobre esta ação. Citamos alguns exemplos do cotidiano, que acredito ser comum a todos. Hoje iremos esmiuçar ainda mais este assunto.
Já havia dado minha opinião sobre as infames sacolas plásticas, oferecidas em praticamente todos os estabelecimentos comerciais, cada uma com a sua logomarca estampada. E se você não recusar acaba voltando pra casa com umas cinco delas nas mãos.
A questão é o princípio de “atender bem” a nós, os consumidores! Os comerciantes visam a fidelização de seus clientes e uma regra básica é “mimar” sempre. Um sorriso ao atender, agilidade, prontidão e uma regra que quero destacar: oferecer comodidade e serviços que não temos em casa.
Em restaurantes, bares ou lanchonetes, o suco ou refrigerante que você pede normalmente vem acompanhado de um canudo plástico. Já discuti esta ação com alguns amigos e a resposta que obtive foi “higiene”. Os estabelecimentos oferecem os canudos para termos a segurança sobre a higiene do preparo e consumo do suco. Ora, neste caso precisamos considerar que os guardanapos normalmente são colocados com as mãos sem luvas dos mesmos funcionários que lavam os copos. E quanto aos pratos? Por que estes não são ensacados também? Penso também que se existe esta desconfiança sobre a higiene dos copos, só dos copos, então precisamos exercer nossos direitos de cidadão e avisar a vigilância sanitária da cidade.
Eu disse que os estabelecimentos querem oferecer o que você não tem em casa, para ser prestativo e mimá-lo. Em casa você toma suco com canudinho? Vamos dispensá-los e entender que geramos lixo desnecessário ao aceitá-los. Para conhecer a realidade pergunte a qualquer dono de restaurante ou bar que freqüente sobre a quantidade que ele compra deste material por mês e se surpreenda.
Aos viajantes
Em São Paulo, poucos meses atrás, ouvi uma campanha de sustentabilidade que estava em prática, não tenho certeza, mas acredito que era da rádio Eldorado, a qual incentivava pequenas mudanças em prol do planeta. Uma chamou minha atenção. Uma atriz da TV Globo, que também não faço a menor idéia de quem era, pedia àqueles que utilizavam serviço de hotelaria para não aceitar a troca da roupa de cama todos os dias, afinal, em nossas casas não fazemos isso.
Perceba que esta visão de pequenas atitudes sustentáveis está por todos os lados e existe sempre algo tão pequeno que pode ser feito que não afetará negativamente sua vida, mas irá trazer um grande exemplo positivo ao mundo e a quem te cerca. Portanto, dê o exemplo!
O canudo plástico vira lixo, a roupa de cama precisa ser lavada e com isso gasta-se água. Os folhetos promocionais que você pega na rua, mesmo sem ter necessidade daquele produto ou serviço, também geram um impacto ambiental. Seja sustentável! Repense suas ações.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista

Revisão: João Colosalle
Ilustração: Lucas Diniz

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Eletrônicos em Stand-By

A União disponibiliza anualmente milhões em recursos financeiros em prol de ações socioambientais. As empresas modernas planejam recursos destinados exclusivamente à proteção ambiental e à melhoria de suas instalações e operações de forma preventiva, ao invés da arcaica corretiva. São padrões atuais de administração e visão para subsistirmos com os recursos naturais disponíveis considerando as agressões que este sistema sugere e impacta no meio.


Sabe o que me chama atenção neste discurso? Escutamos algo parecido a toda hora em diversas mídias, não é mesmo? Tanto os poderes federativo, federal, estadual e municipal, assim como os privados, disponibilizam “recursos” (ou melhor, “dinheiro”) para salvar nossos “recursos” naturais (neste caso, “seres vivos, como as plantas, e elementos que garantem a vida na terra”).

Utilizar da palavra “recurso”, que tende a significar “o que é feito para gastar”, não se encaixa melhor para nos referir somente a “dinheiro”? Será que adotar a expressão “patrimônio” aos elementos naturais não colabore para uma visão mais sustentável? “Patrimônio” é algo que devemos preservar, cuidar, manter e zelar. Muito mais próximo a nossa necessidade.

Assumiremos agora esta visão como fato verídico em nossas vidas e analisaremos mais uma verdade de nosso cotidiano: o DVD Player, o aparelho de TV por assinatura, o microondas, o rádio e outros eletrônicos, todos com as suas devidas luzes de stand-by ligadas, funcionando e gastando nosso “patrimônio natural”. Nossas casas ainda não facilitam nossas vidas para combatermos este gasto desnecessário. As tomadas, por estética ou por parâmetro sociais e culturais do que chamamos de arrumação, são de difícil acesso. E precisamos considerar que alguns aparelhos simplesmente não oferecem outra opção sem ser a de ter a luz acessa do modo de espera. Obriga-nos a colaborar com o desperdício.

Estudos apontam que de 15% a 20% das contas de consumo de energia elétrica se reduziriam com a ausência destas luzes de stand-by. Talvez as empresas pudessem remodelar seus produtos para que nós pudéssemos gastar menos energia e dinheiro. Seria ótimo, e com isso consumiríamos e gastaríamos menos o nosso patrimônio natural.

Se puder desligue por completo seus aparelhos. E não substitua-os por aparelhos à pilha. O impacto ambiental seria maior que o atual.


Lembre-se: o Brasil teve um aumento de 12% em sua população conforme relatórios finais do CENSO 2010. Imagine o quanto podemos fazer para o mundo.





Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle
Ilustração: Lucas Diniz

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Carregue seu lixo contigo...sempre para a reciclagem!

Em outras ocasiões, já falei sobre a necessidade de descarte correto daquilo que chamamos de lixo e já falei sobre o próprio lixo, mas, como este assunto é vasto, quero voltar a esclarecer alguns pontos a respeito.
Precisamos ponderar algumas atitudes corriqueiras do dia a dia. Reciclamos porque devemos reduzir a extração de matéria prima da natureza. Precisamos reduzir por dois grandes problemas modernos: degradação excessiva do meio e escassez de espaços naturais para acomodar todo lixo produzido. Temos uma grande quantidade de lixo justamente porque consumimos muito. Os produtos que consumimos vêm em embalagens e, estas, por sua vez, são muitas, de diversos tamanhos, composições e formas de descarte. A régua de fatores influenciáveis é maior, mas vamos continuar com o assunto principal deste texto.
Costumo tomar café numa padaria ou perto de onde trabalho. Aproveito e pego um “tira-gosto”. Já dentro do carro, uma balinha, cuja embalagem vai parar ao lado daquele folheto de promoção que nunca foi lido. Ambos são lixo, concordam? Pois bem, o papel do “tira-gosto”, da bala e o folheto que estavam no carro são lixos que você produziu. Você é responsável por todo lixo que gera e não só aquele que está dentro da sua casa.
Por isso digo que o lixo que está ali naquela sacola plástica, junto do câmbio do seu carro, também deve ser reciclado. Já vi várias pessoas que reciclam o lixo de casa e, no entanto, o lixo “da rua” acaba dispensado em um cesto qualquer. É bem por aí, não é? Parece que não esperamos a hora de nos livrar desse problema.
O problema real, porém, é quase invisível, uma vez que não vamos e não conhecemos os lixões da nossa cidade. Só teremos uma significativa melhora quando enxergarmos e entendermos com clareza a verdadeira situação que enfrentamos. A quantidade de lixo produzido considerando todos os ambientes do nosso cotidiano (casa, trabalho, restaurantes, feiras, hospitais, escola), enfim, todo lixo acaba em um único lugar. Por isso, gostaria de sugerir pequenas ações para contribuir com a saúde do planeta:
- Tenha sempre um recipiente de lixo em todos os seus ambientes de convívio e dê o descarte correto ao que não é necessário. Exija que o estabelecimento onde você produziu este lixo faça o mesmo que você.
- Considere que se não produzimos não temos necessidade de reciclar, portanto, reduza sua produção diária.
Para enfatizar, lembro que os “danos cotidianos” são mais maléficos que todos os grandes desastres ambientais juntos! Por isso, faça sua parte.
Flávio Paschoal é consultor de marketing e ambientalista
Revisão: João Colosalle